17/01/10

DITADOS POPULARES

A ambição cerra o coração.

A casamentos e a baptizados só lá vão os convidados.

A cavalo dado não se olha o dente.

A culpa morreu solteira.

A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha.

A justiça tarda mas não falha.

A Laranja, de manhã é Ouro, à tarde é Prata, e à noite mata.

A necessidade aguça o engenho.

A noite é boa conselheira.

A ocasião faz o ladrão.A preguiça é a mãe de todos os vícios.

A pressa é inimiga da perfeição.

Ande o frio por onde andar, no Natal cá vem parar.

Até ao Natal um saltinho de pardal.

Com o fogo não se brinca.

Com papas e bolos se enganam os tolos.

No S. João a sardinha pinga no pão.

Contra factos, não há argumentos.

Cuidados e caldos de Galinha, nunca fizeram mal a ninguém.

Depressa e bem à pouco quem.

À primeira, qualquer cai. À segunda cai quem quer. À terceira só cai quem é burro.

A união faz a força.

A verdade é como o azeite: Vem sempre ao de cima.

A vozes loucas, orelhas moucas.

Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.

Em Abril águas mil.

Agosto tem a culpa, e Setembro leva a fruta.

Água de Julho, no rio não faz barulho.

Água e vento são meio sustento.

Água mole em pedra dura, tando dá até que fura.

Águas passadas não movem Moinhos.

Albarda-se o burro à vontade do dono.

Amigo verdadeiro vale mais do que dinheiro.

Amigos, amigos, negócios à parte.

Amor com amor se paga.

Amor de pais não há jamais.

Ande o frio por onde andar, no Natal cá vem parar.

Ande por onde andar o Verão, há-de vir no S. João.Ano de nevão, ano de pão.

Antes que te cases, vê o que fazes.

Antes quebrar que torcer.

Antes quero Asno que me leve, que Cavalo que me derrube.

Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo.

Apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo.

Apanham-se mais moscas com mel do que com fel.

Aquele que me tira do perigo, é meu amigo.

As aparências iludem.

As paredes têm ouvidos.

Até ao lavar dos cestos é vindima Boda molhada, boda abençoada.

Bom serás, se morto estás.

Burro com fome, cardos come.

Burro velho, não aprende línguas.

Cada cabeça sua sentença.

Cada macaco no seu galho.

Cada maluco com a sua mania.

Cada terra com seu uso cada roca com seu fuso.

Cada um por si, Deus por todos.

um puxa a brasa para a sua sardinha.

Cada um sabe as linhas com que se cose.

Cada um sabe de si e Deus sabe de todos.

Cada um vê mal ou bem, conforme os olhos que tem.

Calças brancas em Janeiro, sinal de pouco dinheiro.

Candeia que vai à frente alumia duas vezes.

Cão que ladra não morde.

Carnaval na eira, Páscoa à lareira.

Casa que não é ralhada, não é bem governada.

Quem casa quer casa.

Chuva de ascensão dá palhinhas e pão.

Colcha feita, noivo à espreita.

Deus dá nozes, a quem não tem dentes.

Dar a César o que é de César, dar a Deus o que é de Deus.

De boas intenções, está o Inferno cheio.

De Espanha, nem bom vento nem bom casamento.

De médico e de louco, todos temos um pouco.

De noite todos os gatos são pardos.

De pequenino se torce o pepino.

Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer.

Depois da tempestade vem a bonança.

Depois de casa roubada trancas à porta.

Depressa e bem, não há quem.

Deus escreve direito, por linhas tortas.

Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce.

Devagar se vai ao longe.

Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão.

Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.

Do Natal à Sta. Luzia, cresce um palmo em cada dia.

Dos Santos ao Natal, é Inverno natural.

Do Natal à Sta. Luzia, cresce um palmo em cada dia.

Em casa de ferreiro, espeto de pau.

Em casa em que não há pão todos ralham e ninguém tem razão.

Em Fevereiro, chega-te ao lameiro.

Em Fevereiro, chuva; em Agosto, uva.

Em Janeiro uma hora por inteiro e, quem bem olhar, hora e meia há-de achar.

Em Maio queima-se a cereja ao borralho.

Em tempo de guerra, não se limpam as armas.

Em terra de cegos, quem tem um olho é Rei.

Enquanto se capa, não se assobia.

Entre marido e mulher não metas a colher.

Este mundo é uma bola; quem anda nela é que se amola.

Fala pouco e bem, ter-te-ão por alguém.

Fala-se no diabo e ele aparece.

Fevereiro quente, traz o diabo no ventre.

Fia-te na Virgem e não corras e logo vês o trambolhão que levas.

Filho de burro não pode ser cavalo.

Filho de peixe sabe nadar.

Filho és pai serás, assim como fizeres assim acharás.

Filhos criados, trabalhos dobrados.

Filhos das minhas filhas, meus netos são.

Filhos dos meus filhos serão ou não.

Gaivotas em terra temporal no mar.

Galo cantador é pouco galador.

Gato escaldado, de água fria tem medo.

Goraz de Janeiro vale dinheiro.

Gordura, é formosura.

Grandes discursos não provam grande sabedoria.

Grão a grão, enche a galinha o papo.

Há males que vêm por bem.

Há mar e mar, há ir e voltar.

Homem pequenino, ou velhaco ou dançarino.

Homem prevenido vale por dois.

Hora a hora, Deus melhora.

Janeiro fora, cresce uma hora.

Janeiro molhado, se não cria o pão, cria o gado.

Janeiro quente, traz o Diabo no ventre.

Janeiro tem uma hora por inteiro.

Junho calmoso, ano formoso.

Junho, foice em punho.

Junta-te aos bons e serás como eles; junta-te aos maus e serás pior do que eles.

Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão.

Logo que Outubro venha, procura a lenha.

Longe da vista, longe do coração.

Luar de Janeiro não tem parceiro; mas lá vem o de Agosto que lhe dá no rosto.

Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo.

Mais vale burro vivo do que sábio morto.

Mais vale cair em graça, do que ser engraçado.

Mais vale ir, do que mandar.

Mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.

Mais vale prevenir, que remediar.

Mais vale quem Deus ajuda do que quem cedo madruga.

Mais vale só, que mal acompanhado.

Mais vale tarde do que nunca.

Mais vale um pássaro na mão, que dois a voar.

Mais vale um que saiba mandar, do que cem a trabalhar.

Mãos frias, coração quente, amor ardente.

Morra Marta, mas morra farta.

Morrer por morrer, morra o meu pai que é mais velho.

Morreu o bicho, acabou-se a peçonha.

Morte desejada, é vida dobrada.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

Muito riso, pouco siso.Muitos conhecidos, poucos amigos.

A mulher e a sardinha quer-se da pequenina.

Mulher sardenta, mulher rabugenta.

Não adianta chorar sobre o leite derramado.

Não dá a bota com a perdigota.

Não deites foguetes antes da festa.

Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.

Não é com vinagre que se apanham moscas.

Não é por muito madrugar que amanhece mais cedo.

Não há amor como o primeiro.

Não há bela sem senão.

Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe.

Não há duas sem três.

Não há fome que não traga fartura.

Não há fumo sem fogo.

Não há luar como o de Janeiro nem amor como o primeiro.

Não há mau tempo senão quando faz vento.

Não há mês mais irritado do que Abril zangado.

Não há onde o filho fique bem, como no colo da mãe.

Não há regra sem excepção.Não há roca sem fuso.

Não há Sábado sem Sol, Domingo sem Missa e Segunda sem preguiça.

Não peças a quem pediu nem sirvas a quem serviu.

Não ponhas o carro à frente dos bois.

Não se deve contar com um ovo quando ainda está dentro da galinha.

Não se fazem omeletes sem ovos.

Nem mesa sem pão, nem exército sem capitão.

Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.

Nem só de pão vive o homem.

Nem tudo o que abana cai.

Nem tudo o que luz é ouro, nem tudo o que alveja é prata.

Nem tudo o que vem à rede é peixe.

Ninguém está bem com a sorte que tem.

Ninguém se ria com o mal do vizinho, que o seu pode vir a caminho.

No Carnaval nada parece mal.

No dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho.

No dia de S. Martinho, mata o teu porco e prova o teu vinho.

No dia de S. Martinho lume, castanhas e vinho.

No meio está a virtude.

No melhor pano cai a nódoa.

No poupar é que está o ganho.

Nunca digas desta água não beberei.

O barato sai caro.

O bom filho à casa torna.

fruto proibido é o mais apetecido.

O futuro a Deus pertence.

O hábito não faz o monge.

O ladrão volta sempre ao local do crime.

O primeiro milho é para os pardais.

O prometido é devido.

O que a água dá, a água levará.

O que não mata, engorda.

O que não tem remédio, remediado está.

O que tem de ser, tem muita força.

O Saber não ocupa lugar.

O segredo é a alma do negócio.

O seguro morreu de velho.

O seu a seu dono.

O sol quando nasce é para todos.

O Surdo faz falar o Mudo.

O tempo é o melhor Juiz de todas as coisas.

O último a rir é o que ri melhor.

Olho por olho, dente por dente.

Olhos que não vêm, coração que não sente.

Os amigos são para as ocasiões.

Os cães ladram mas a caravana passa.

Os dias do Natal são saltos de pardal.

Os homens não se medem aos palmos.

Para trás, mija a burra.

Paga o justo pelo pecador.

Pagar e morrer, é a última coisa a fazer.

Pai rico, filho nobre, neto pobre.

Palavras, leva-as o vento.

Para baixo todos os Santos ajudam.

Para bom entendedor, meia palavra basta.

Para dar e para ter, muito rico é preciso ser.

Para ensinar, é preciso aprender.

Para grandes males, grandes remédios.

Para lá do Marão, mandam os que lá estão.

Para palavras loucas, orelhas moucas.

Parar é morrer.

Pássaro do campo cedo madruga.

Patrão fora, feriado na loja.

Peixe não puxa carroça.

Pela boca morre o peixe.

Pelas costas dos outros se vêem as nossas.

Pelos Santos neve nos campos.

Perdido por cem, perdido por mil.

Por morrer uma andorinha não acaba a Primavera.

Por S. Matias noites iguais aos dias.

Preso por ter cão e preso por não ter.

Presunção e água benta cada qual toma a que quer.

Natal a assoalhar e Páscoa ao mar.

Natal à segunda-feira: Lavrador alarga a eira.

Natal na praça e Páscoa em casa.

No Natal à janela, na Páscoa à panela.

Os dias do Natal são saltos de pardal.

Quando a esmola é grande, o cego desconfia.

Quando está fora o gato folga o rato.

Quando mija um português, mijam logo dois ou três.

Quando um burro zurra, os outros abaixam as orelhas.

Quanto maior a nau, maior a tormenta.

Quanto mais alto se sobe, maior é o trambolhão…

Quanto mais conheço os homens, mais gosto dos cães.

Quanto mais depressa, mais devagar.

Tudo abana, nada cai.

Quem ama a Beltrão, ama o seu cão.

Quem anda à chuva, molha-se.

Quem bem nada não se afoga.

Quem boa cama fizer, nela se há-de deitar.

Quem brinca com o fogo queima-se.

Quem cabritos vende e cabras não tem, dalgum lado lhe vem.

Quem cala, consente.

Quem canta, seu mal espanta.

Quem casa, quer casa.

Quem com ferros mata, com ferros morre.

Quem confessa a verdade, não merece castigo.

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto.

Quem convida de véspera, não quer que vá à festa.

Quem corre por gosto, não cansa.

Quem dá e tirar ao Inferno gira.

Quem dá o pão, dá a educação.

Quem deixa o certo pelo incerto, ou é tolo ou pouco esperto.

Quem desdenha quer comprar.

Quem é desconfiado não é sério.

Quem espera sempre alcança.

Quem espera, desespera.

Quem está de fora, racha lenha.

Quem está mal, que se mude.

Quem está vivo, sempre aparece.

Quem estraga velho, paga novo.

Quem faz o que pode, a mais não é obrigado.

Quem feio ama, bonito lhe parece.

Quem madruga, Deus ajuda.

Quem mais jura, mais mente.

Quem meu filho beija, minha boca adoça.

Quem muito fala, pouco aprende.

Quem muito se abaixa, o cu se lhe vê.

Quem não aparece, esquece.

Quem não arrisca, não petisca.

Quem não chora não mama.

Quem não come por ter comido, não é mal de grande perigo.

Quem não deve, não teme.

Quem não sabe, é como quem não vê.

Quem não se sente, não é filho de boa gente.

Quem não tem cão caça com gato.

Quem não tem dinheiro não tem vícios.

Quem parte e reparte e fica com a pior parte, ou é tolo ou não tem arte.

Quem quer, vai; quem não quer, manda.

Quem sai aos seus não degenera.

Quem se mete por atalhos, mete-se em trabalhos.

Quem semeia ventos, colhe tempestades.

Quem te avisa, teu amigo é.

Quem tem amigos, não morre na cadeia.

Quem tem boca, vai a Roma.

Quem tem capa sempre escapa.

Quem tem cu tem medo.

Quem tem filhos tem cadilhos.

Quem tem fome, cardos come.

Quem tem medo compra um cão.

Quem tem sorte ao jogo não tem sorte aos amores.

Quem tem unhas é que toca viola.

Quem torto nasce, tarde ou nunca se endireita.

Quem tudo quer, tudo perde.

Quem vai à guerra, dá e leva.

Quem vai ao mar avia-se em terra.

Quem vai para a cama sem ceia, toda a noite rabeia.

Quem vê caras não vê corações.

Quem vier atrás, feche a porta.

Querer é poder.

Quem ri por último ri melhor.

Roma e Pavia não se fizeram num dia.

Saber esperar é uma grande virtude.

Santos da Terra não fazem milagres.

Sapato branco em Janeiro é sinal de pouco dinheiro.

Senhora das Candeias a rir, está o Inverno para vir.

Tanta vez vai o rato ao moinho, que um dia fica lá com o focinho.

Cada cabeça, sua sentença.

Tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia cai.

Tão ladrão é o que vai à horta, como o que fica à porta.

Tempo de Santa Luzia, cresce a noite, minga o dia.

Tempo é dinheiro.

Todos os caminhos vão dar a Roma.

Tostão a tostão faz um milhão.

Tristezas não pagam dívidas.

Tudo está bem, quando acaba em bem.

Um burro carregado de livros é um doutor.

Um dia, não são dias.

Um mal nunca vem só.

Uma maçã por dia, dá uma vida sadia.

Uma mão lava a outra e as duas lavam a cara.

Vão-se os anéis mas fiquem os dedos.

Vaso ruim não quebra.

Velhos são os trapos.

Viver não custa, o que custa é saber viver.

Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades.

Vozes de burro não chegam aos céus.

Catarina

1 comentário: